1. A transcrição moderna da melodia foi feita segundo as normas constantes nos critérios editoriais do catálogo musical RELIT-Rom.
2. O sistema de notação utilizado por Diego Pisador é o mesmo utilizado por Enríquez de Valderrábano e Luis de Narváez.
3. O autor do livro dá a indicação de que há três vozes tocadas e uma voz cantada, sendo esta entoada na primeira corda, no segundo traste. De forma atípica, em relação às indicações que fornece para as restantes versões musicadas de romances, o autor do livro de música apresenta aqui a linha vocal grafada numa pauta na qual desenha a clave de sol na terceira linha, deixando o sistema de tablatura para a realização instrumental. Temos assim uma linha vocal escrita numa notação específica para a voz, em que a melodia está escrita com grande detalhe em vez de perdida na tablatura instrumental. Isto sugere tratar-se de uma melodia menos conhecida, para cuja execução seria necessário tomar certos cuidados.
4. Quanto à afinação da vihuela para a parte instrumental: uma vez que a linha da voz (indicada na referida pauta vocal) começa com a nota lá e o autor indica que essa voz será entoada no segundo traste da primeira corda, resulta que a primeira corda seja a corda sol. Respeitando as relações intervalares das cordas da vihuela, temos então a afinação do instrumento da seguinte forma (vihuela em sol):
5. Esta versão mantém o desenho intervalar característico, com a repetição do motivo inicial seguida de descida à quarta inferior. Compare-se com as versões musicadas do romance "¡Ay de mi Alhama!" feitas por Luis de Narváez, Luis Venegas de Henestrosa e Miguel de Fuenllana.