Engaste

Mi compadre Gomez Arias, que mal consejo me dió. [...] nunca viera xaboneros, tambien vender su xabón [...] A ellos compadre, a ellos, que ellos xaboneros son.

Mi compadre Gomez Arias, que mal consejo me dió. [...] nunca viera xaboneros, tan bien vender su xauon [...] A ellos compadre, a ellos, que ellos xaboneros son.

[...] e o capitão começando de caminhar para a villa hia muito pensatiuo, e tornando em sy, e entendendo que hindo assi quebraria os corações aos caualeiros, chamou a hũ caualeiro que cantaua muito bem, e rogou lhe que para se desmalenconizarem cantasse algũa cousa, e o caualeiro começou a cantar este Romance. Mi compadre Gomez Arias, que mal consejo me dió. E hindo proseguindo, chegando a hũ passo delle que diz, nunca viera xaboneros, tambien vender su xauon, por que acertou de ser a tempo que se vião já muito bem os Mouros que os esperauão; proseguio o Capitão as duas regras seguintes do Romance dizendo. A ellos compadre, a ellos, que ellos xaboneros son.

[...] e o capitão começando de caminhar para a vila ia muito pensativo, e tornando em si e, entendendo que indo assi quebraria os corações aos cavaleiros, chamou a um cavaleiro que cantava muito bem, e rogou-lhe que para se desmalenconizarem cantasse algũa cousa, e o cavaleiro começou a cantar este Romance. Mi compadre Gomez Arias, que mal consejo me dió. E indo prosseguindo, chegando a um passo dele que diz, nunca viera xaboneros, tan bien vender su xabón, por que acertou de ser a tempo que se viam já muito bem os Mouros que os esperavam; prosseguiu o Capitão as duas regras seguintes do Romance dizendo. A ellos compadre, a ellos, que ellos xaboneros son.

  • Espanhol

Braga, Teófilo, Historia da Poesia Popular Portugueza. Cyclos Épicos, Lisboa, Manuel Gomes Editor, 1905, pp. 369-370.

Catalán, Diego, “Los Jaboneros derrotan a Don Juan de la Cerda (1357)”, Siete siglos de romancero, Madrid, Gredos, 1969, pp. 57-81.

Vasconcelos, Carolina Michaëlis de, “Estudos sobre o Romanceiro peninsular. Romances velhos em Portugal”, Cultura española, X, 1908, pp. 504-505.

Autoria
Anónimo
Desconhecido
Desconhecido
Composição ou secção quadro
Obra

Memoria dos Ditos e Sentenças de Reis [fol. 564]

Teófilo Braga transcreveu o contexto do engaste a partir do manuscrito à guarda da Torre do Tombo (Ms. 1126).

Romance(s) de origem

Este grupo e os respetivos campos surgem replicados quando o verso de procedência do engaste é partilhado por vários romances.

0349  - Prisión de don Juan de la Cerda
Não
Não